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PARA SE ORGULHAR

O empate contra a seleção dos EUA não apresentou a melhor versão do time de Simone Jatobá, mas mostrou um elenco com determinação e controle mental para os grandes momentos.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Desde o início do jogo mais esperado da fase de grupos, as jogadoras tiveram dificuldade em encaixar a marcação. Quando subiram a primeira linha para pressionar a saída em três feita pelas estadunidenses, em algumas situações conseguiram roubar a bola, mas quando a troca de passes quebrava a linha, o espaço deixado pelas meias marcadoras era muito grande, facilitando a subida ao ataque das adversárias. Outra grande dificuldade foram as triangulações feitas pelo lado esquerdo da nossa defesa. A atacante Paloma Gamero teve vantagem sobre a maioria dos duelos e foi através de uma de suas subidas que os Estados Unidos abriu o placar.


Naquele momento, o Brasil já sofria uma certa pressão e só não levou o gol antes graças a goleira Leilane e a zagueira Guta, que tiveram atuações praticamente impecáveis. O desarranjo defensivo naquele momento era compensado pela luta das meninas para fazerem um bom resultado diante da maior potência da modalidade. A premiação veio logo a seguir, com uma jogada que terminou com uma ótima finalização de Carol, que hoje fez uma das suas melhores partidas pela Seleção.


O empate antes de intervalo deu a Simone a chance de conversar com seu time e corrigir as falhas na recomposição defensiva. Ir para o vestiário com o jogo empatado em 1 a 1 acalmou os ânimos das jogadoras e tirou a pressão dos últimos 45 minutos. O segundo tempo foi uma aula de organização e de saídas rápidas ao ataque. Aline, que também fez uma bela partida, era a que mais conseguia passar pelas marcadoras e avançar. Por grande parte da etapa final, se algum dos times merecesse sair vencedor, este seria o Brasil. As substituições deram certo, principalmente a entrada Rebeca que conseguiu ficar mais tempo com a bola no ataque e criou diversas jogadas pelo lado direito.


No final o cansaço parecia ser o nosso principal inimigo e a equipe dos Estados Unidos teve um certo controle do jogo, porém esbarraram novamente na defesa brasileira. Segurar o empate foi uma premiação merecida para um time que ao ver que estava em dificuldade no jogo se uniu para que cada uma das atletas cobrisse a falha da companheira. O time mostrou que quando a proposta de jogo não encaixa ele se adapta ao que se apresenta e luta pelo resultado até o fim.

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