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MAIS DO QUE A TAÇA, O DOMÍNIO DA EUROPA

Atualizado: 22 de jul. de 2022


Foto: Divulgação - UEFA


A final entre Lyon x Barcelona lembra muito os grandes embates da história do boxe, em que o experiente multicampeão tem que encarar o jovem que vem nocauteando todos os adversários que vê a sua frente.


O Lyon, heptacampeão europeu, não é brilhante, mas mostrou a cada confronto eliminatório da Champions que conhece muito bem os caminhos da vitória, controlando como ninguém os jogos. A espinha dorsal com Renard, Henry e Horan somada ao trio de frente com Cascarino, Hegerberg e Macario mostrou diversas vezes, e principalmente no confronto contra o rival local PSG, a calma e a confiança de quem não se assusta com o ímpeto e a empolgação de nenhum dos seus adversários, resolvendo os jogos quando parecia estar em maus lençóis.


Já o Barcelona é a sensação. O batedor de recordes e com certeza o time mais empolgante e apaixonante do futebol feminino no momento. Segue na essência a cultura do estilo de jogo “Blaugrana”, mantendo a posse de bola - média de 69.9% e 589 passes corretos por jogo - e sempre agredindo o seu adversário – são 37 gols na competição e mais de 28 chutes por partida, sendo 12 deles em direção ao gol. A liderança técnica de Alexia Putellas se evidencia a cada partida, mas é impossível não citar a importância técnica e tática de Guijarro, Hansen e Rolfö, nomes importantíssimos para que o Barcelona consiga manter o controle da partida ou acelerá-lo quando necessário.


Dito isso, o que se imagina é um confronto muito equilibrado, com confrontos entre grandes personagens da partida em diversas partes do campo podendo definir o caminho da história na noite deste sábado em Turim.


Citaremos dois breves exemplos:

· Selma Bacha, lateral esquerda e uma das líderes de assistência da competição terá que se preocupar com Caroline Graham Hansen tentando tirar proveito dos espaços deixados nas suas subidas.

· Alexa Putellas se move por praticamente todo setor ofensivo do Barcelona e terá durante o momento de construção ofensiva do Barcelona Lindsay Horan ou Amandine Henry cuidando dela praticamente como sombras. Sem contar que nos momentos em que invadir a área terá pela frente a espetacular zagueira Wendie Renard.


O jogo cheio de nuances também estará nas mãos de Sonia Bompastor e Jonatán Giraldez. A treinadora do Lyon, bicampeã europeia como jogadora, sabe muito bem como agir em momentos de decisão, tem o elenco em suas mãos e conta com verdadeiras líderes dentro de campo. Giraldez é nome importante da evolução do Barcelona nos últimos anos e ao assumir o cargo aprimorou o sistema de jogo já desenvolvido por Lluís Cortés, fazendo do time uma potência.


Ambos têm a responsabilidade de tomar a decisão tática correta para fazer o seu time ter o controle da bola em um jogo tenso e que já carrega uma certa rivalidade oriunda da final de 2019, quando o Lyon atropelou o Barcelona no primeiro tempo, marcou quatro gols e apenas esperou o apito final para comemorar a sua sétima conquista.

Dois anos depois a situação é bem diferente. O adversário mais jovem vem mais calejado e com uma mentalidade mais vencedora. Resta saber se conseguirá manter os nervos no lugar na hora de encontrar um gigante como adversário.


Para nós, melhor impossível. É ligar no jogo e admirar dois dos melhores times do mundo em um confronto histórico e esperar se a hegemonia do maior campeão continua ou se teremos uma nova força dominando o futebol europeu nos próximos anos.


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