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MAIS DO MESMO, INFELIZMENTE

Analisar os recentes jogos do Brasil pode soar repetitivo. Ver um time que perde a maioria dos embates no meio campo, que não joga de uma forma compacta e com uma certa demora na recomposição tem sido recorrente. Até há uma certa evolução se compararmos com os jogos anteriores, mas ainda assim, são problemas que comprometem demais a performance, principalmente do sistema ofensivo da nossa seleção.

Debinha em Amistoso de Dinamarca x Brasil
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O nervosismo em definir logo as jogadas também foi visível. Com o passar do tempo e o placar desfavorável a precipitação nos passes e principalmente nas finalizações foi aumentando. De positivo neste sentido ficam as tentativas de fora da área, algo raro de ser visto nos jogos da seleção e que geraram perigo para a meta dinamarquesa.


A luta das jogadoras de frente na marcação da saída de bola merece destaque. Por muitas vezes Kerolin, Adriana, Bia Zaneratto e Debinha conseguiram roubar a bola ainda na intermediária adversária e criaram chances. Porém, ao subir as linhas, a seleção muitas vezes gerou espaços nas laterais do campo e a Dinamarca conseguiu explorar durante o jogo. Este ponto precisa ser corrigido, principalmente para confrontos contra seleções mais fortes e que saem com muita rapidez para o ataque.


De positivo podemos ressaltar Debinha, que merece um destaque pela dedicação durante todo o jogo. Por muitas vezes parecia estar num ritmo de intensidade acima das suas companheiras, vencendo embates individuais e se doando bastante taticamente para cobrir espaços e dar opções nas jogadas de ataque. O belo gol foi uma síntese da sua participação no jogo.


A derrota volta a colocar alguns questionamentos nas escolhas de Pia Sundhage, mas não deve afetar o seu trabalho. Quando a técnica da seleção fala sobre a sua equipe, ela deixa bem claro que sabe onde estão os defeitos e vem buscando opções para resolvê-los. O confronto contra a Suécia, equipe que ela conhece muito bem e tem como referência do que deseja executar na seleção brasileira, vai trazer ainda mais desafios para ela e suas jogadoras. Resta saber se veremos alguma melhoria ou se continuaremos estagnados em pontos cruciais para uma boa participação na Copa América e principalmente para uma performance melhor na Copa do Mundo do ano que vem.

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