O Brasil venceu na sua estreia na Copa América. O placar de 4 x 0 reforçou a posição de potência do continente e mostrou movimentações e atitudes que não foram vistas nos amistosos contra Suécia e Dinamarca.
O jogo começou com toda tensão de uma estreia e de um clássico continental. O nervosismo na tomada de decisão, principalmente no setor ofensivo, foi nítido nos primeiros minutos da seleção brasileira, que aos poucos foi se encontrando e tomando o controle da partida para si. Com isso, o que se viu foi uma seleção bem leve e fluida na hora de se movimentar e aproveitar os espaços vazios deixados pela seleção argentina, que erroneamente, decidiu encarar de igual para igual um time com muito mais qualidade técnica e força física.
A forma como os gols e as principais chances foram criadas mostram como a seleção brasileira estava à vontade em campo. Bia Zaneratto se movimentou durante todo o jogo, abrindo espaço para as companheiras, atacando o espaço vazio e facilitando demais a chagada de quem vinha das pontas. Adriana foi outra que, tanto na esquerda quanto na direita, conseguiu se aproveitar dos espaços deixados pela defesa argentina para marcar os seus gols.
Defensivamente, o Brasil mostrou a consistência e equilíbrio na sua primeira linha, algo que tem sido um dos pilares do trabalho de Pia Sundhage. Vale destacar também a forma mais combativa com que todo o meio campo atuou, principalmente Ary Borges e Kerolin, que se destacaram na forma como rapidamente reagiam para recuperar a bola.
Em resumo, a seleção fez tudo que se esperava dela. Jogou em um ritmo alto o tempo todo, com variações táticas e muita rapidez na reação ao perder a bola. Precisa melhorar o aproveitamento dos passes no setor ofensivo (teve 60% de acertos), mas devemos nos acostumar com situações como esta, pois ao que tudo indica, Pia usará o torneio para o que ele realmente interessa: explorar novas alternativas para finalmente conseguir tirar tudo de melhor deste elenco.
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