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ENFIM, O BRASIL QUE IMAGINAMOS

Brasil faz excelente partida, vence a rival Colômbia e se classifica para as quartas de final da Copa Ouro


Foto: Leandro Lopes | CBF

Uma das melhores sensações da vida: ter a certeza de que você executou muito bem uma atividade que você tanto gosta e se prepara para ela. O apito final da partida no Estádio Snapdragon, na madrugada de sábado para domingo, foi uma máxima demonstração dessa sensação. Punhos cerrados, agradecimentos aos céus, sorrisos e muitos abraços. A seleção brasileira, contra uma adversária difícil como a Colômbia, finalmente jogou a bola que tem para jogar. 


Desde o começo, a equipe treinada por Arthur Elias, demonstrou que estava ciente da estratégia e se impôs, táticamente e fisicamente. Um time compacto, com a marcação alta e muito dedicada em simplesmente não deixar a Colômbia jogar, o que forçou muitas vezes, a goleira Natália Giraldo, se livrar da bola por não ter opções. Em um desses momentos, o Brasil contou com a genialidade de Gabi Nunes, que dessa vez não fez o gol, mas deu uma assistência primorosa para Duda Santos abrir o placar. 


A pressão continuou, com a defesa da seleção fazendo uma partida impecável. Diferente do primeiro jogo, dessa vez a linha foi formada por Tarciane pela direita, Antônia centralizada e Rafaelle pela esquerda, dando liberdade para Yasmin atacar. A jovem zagueira do Corinthians fez uma partida impecável. Nos momentos defensivos, praticamente não perdeu nenhum embate individual que teve com Linda Caicedo. Com a bola, por muitas vezes deu bons lançamentos ou excelentes passes que quebravam as linhas defensivas das “Cafeteiras”. Junte isso ao fato de Rafaelle e Antônia mostrarem novamente o alto nível de jogo e temos uma atuação primorosa do sistema defensivo.


A segurança defensiva foi bastante favorecida graças a postura das atletas do meio e do ataque. A forma como jogaram próximas uma das outras, surgindo como opções para passes e se movimentando para abrirem espaços, fez com que o Brasil fosse uma equipe mais objetiva e, mesmo como menos posse de bola, tivesse o controle de jogo. Do lado esquerdo, Yasmin sempre foi uma opção e trabalhou muito bem com Bia Zanerarro e Duda Sampaio. Do outro lado, a dupla Adriana e Gabi Portilho, repetiram as ótimas atuações que fizeram juntas pelo Corinthians e se aproveitaram do entrosamento para confundirem a defesa colombiana. 


Além disso, algumas atuações individuais, como as de Geyse, Bia Zaneratto e Gabi Nunes, além de importantíssimas na partida, deixam claro que a nossa seleção tem talento de sobra e não só pode, como deve fazer partidas melhores do que a fraca atuação contra a seleção de Porto Rico. 


Por mais que todas as nossas análises levem em conta que a nova comissão não tenha nem dez jogos, a seleção não pode ser inconstante como temos visto. Até porque, muitas vezes, não se trata apenas de escolhas táticas, mas sim, de uma mudança de postura e comportamento dentro de campo. Fica agora a expectativa de que, após uma atuação segura contra uma seleção rival, a confiança se mantenha e que o alto nível de performance visto contra a Colômbia torne-se algo frequente. 

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