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ALEXANDRA POPP, A PANZER

Atualizado: 29 de jul. de 2022

A artilheira segue a linhagem histórica de atacantes extraclasse do futebol alemão e bota medo nas donas da casa

Foto: Getty Images - UEFA

Desde os tempos do amadorismo pós-guerra, o futebol alemão, independente do esquema de jogo, sempre teve a figura do atacante de porte físico avantajado, de poucos toques na bola e muita objetividade. Muitos deles foram apelidados de PANZER - é uma abreviação de "Panzerkampfwagen", um substantivo da língua alemã que se pode traduzir como "veículo blindado de combate".


Max Morlock ajudou a Alemanha Ocidental a vencer a Copa de 1954. Quase 20 anos depois Gerd Muller foi o artilheiro da copa de 1970 e peça chave na conquista da Copa do Mundo de 1974 disputada dentro de casa. A produção deste perfil de jogador continuou e nas décadas seguintes surgiram nomes como Rummenigge, Klinsmann, Bierhoff e Klose no futebol masculino.


Como em todo país com cultura futebolística, o que acontece no masculino naturalmente serve como referência e acaba sendo reproduzindo no futebol feminino. Mas claro que seleção campeã oito vezes da Eurocopa não deixaria de produzir jogadoras neste perfil. A primeira foi Heid Mohr e a sua substituta nesta função foi ninguém mais ninguém menos do que Birgit Prinz.


Enquanto Prinz estava chegando ao fim da sua carreira, surgia no Duisburg uma jovem com o mesmo faro de gol e a mesma facilidade de vencer as defensoras, seja no posicionamento ou na força. Alexandra Popp fazia gols com uma naturalidade impressionante, seja no clube ou nas seleções de base e a cada partida que fazia pela Nationalelf ficava mais claro que ali estava a esperança de gols para o futuro da seleção.


Tudo isso ficou comprovado com o passar dos anos. A sua presença tornou-se quase que algo essencial para que a Alemanha tivesse boa performances nas competições, como ficou provado durante a EURO 2017 e as partidas recentes da Alemanha antes desta edição do torneio continental. Porém o seu retorno com a camisa 11 tem sido o pilar de uma campanha irretocável da finalista da EURO 2021.


Havia muitas dúvidas de como ela voltaria depois de passar por uma cirurgia para a retirada do menisco e o fato de ter contraído COVID em janeiro deste ano, mas o que estamos acompanhando nos jogos é uma atacante com finalização precisa, posicionamento perfeito e auge físico para encarar qualquer marcadora. Simplesmente a dona da grande área quando a forte Alemanha está atacando. Prova disso é que todos os seus seis gols na competição, que os colocam na luta pela artilharia junto de Beth Mead da Inglaterra, foram praticamente do mesmo local.

Finalizações de Alexandra Popp durante a EURO - Opta

As suas companheiras, a grande maioria bem mais jovens do que ela, confiam demais na sua performance para a partida final em Wembley. Por mais que se esperasse uma Alemanha sem um bom jogo coletivo e com problemas táticos, o que se viu nos jogos até aqui foi um time organizado, que envolve o seu adversário e sofre pouco.


A concentração e frieza deste time será posta a prova no domingo, quando mais de 90 pessoas estarão apoiando a seleção da casa, mas quando se trata da seleção alemã que conta com uma jogadora como Alexandra Popp, não há nada a temer.

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