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PODE SER BEM MELHOR

A seleção brasileira venceu mais uma e segue de forma tranquila a sua trajetória na Copa América

Seleção Brasileira Feminina Jogo Brasil x Uruguai Duda Flamengo Adriana Corinthians Debinha, Kerolin
Foto: Thais Magalhães/CBF

Tranquila até demais. O jogo contra o Uruguai não ofereceu desafio em nenhum momento. Mesmo com uma certa dificuldade na saída de bola nos primeiros minutos, quando partia para o campo de ataque o Brasil trocava passes com muita facilidade e chegava sempre à meta de Sofia Oliveira.


Assim como no primeiro jogo, os gols foram saindo quando a seleção tinha mais calma e inteligência com a bola nos pés. O jogo foi ficando cada vez mais fácil e tudo dava indícios de que viria uma grande goleada, mas o Brasil diminuiu o ritmo e o segundo tempo não passou de algo protocolar.


Claro que esperávamos uma seleção com mais ambição e buscando ampliar o placar a todo instante - como vimos a Inglaterra fazer na partida contra a Noruega -, mas tudo isso se torna mais difícil quando você não tem um estádio cheio te impulsionando para manter a intensidade e o foco em uma partida que já está resolvida desde os primeiros minutos. Juntando isso com o fato de termos alguns nomes com uma certa rodagem na seleção e que não precisam se provar para Pia Sudhage, com a estranha pegada da maioria das atletas que entram durante o jogo e pronto: temos uma seleção que se demonstra cansada, mas que na verdade parece sentir falta de algo que a motive a jogar no seu nível mais alto uma partida que não exige isso dela.


De positivo fica novamente a tranquilidade e a organização defensiva nos momentos sem a bola e principalmente a movimentação constante do trio Adriana, Debinha e Bia Zaneratto. A forma como Bia sai da área e atrai com ela a marcação para facilitar a chegada das jogadoras das pontas, tem sido o ponto forte nestes dois primeiros jogos. Assim como a forma rápida com que Debinha e Adriana ocupam os espaços vazios por trás das defesas – prova disso é a semelhança entre os gols marcados pela atacante do Corinthians na partida.

Mapa de ações ofensivas de Adriana Opta/Conmebol
Ações ofensivas de Adriana - Opta/CONMEBOL

A vitória veio e mais uma vez mostrou que somos uma potência no continente, mas é de extrema importância que nos próximos jogos, Pia consiga motivar as jogadoras a tentarem manter o ritmo durante os 90 minutos, principalmente as que saem do banco e entram no jogo com foco e intensidade bem abaixo das que já estavam em campo. Isso será crucial para o sucesso da nossa seleção em confrontos com as grandes potências no mundial em 2023 e deveria ser tratado como prioridade pela comissão técnica.

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