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PARA ESQUECER

Com esquema confuso e time desequilibrado, Brasil perde para o Canadá na sua segunda partida pela SheBelieves Cup

Foto: Thais Magalhães/CBF

Se pudéssemos fazer como nas apurações dos desfiles das Escolas de Samba, onde se elimina a pior nota dos jurados na hora de somar a pontuação, provavelmente apagaríamos esta derrota para o Canadá da trajetória da seleção brasileira para a Copa do Mundo.


A treinadora Pia Sundhage fez diversas mudanças no time em relação ao primeiro jogo, dando chance para que algumas atletas tivessem mais minutos com a camisa da seleção. Em teoria a ideia foi boa, mas a falta de entrosamento e as escolhas erradas no posicionamento de alguns destes nomes, fez com que a seleção ficasse sem sincronização nos movimentos em todos os setores do campo. Durante o primeiro tempo, foi muito comum ver jogadoras demorando para dar o passe por falta de opções com quem jogar e ao se defender, eram claros os erros de posicionamento na recomposição defensiva, fazendo com que o meio campo da seleção canadense tivesse o controle do jogo por grande parte do tempo.


De positivo, novamente tenho que ressaltar a disposição das atletas em compensar estes problemas com muita disposição física, salvando a seleção de um resultado pior, principalmente nos primeiros 45 minutos. Kerolin, Tarciane e Geyse, mesmo claramente desconfortáveis por cumprirem funções que não estão acostumadas, deram o máximo para ajudar a diminuir o impacto da desorganização e do desequilíbrio da equipe.


No segundo tempo, as trocas por jogadoras que fizeram parte da base da seleção em 2022 e a entrada de Marta não mudou a história do jogo. Adriana, inexplicavelmente, jogou à frente da linha de defesa da seleção. Marta - aniversariante do dia - tentou bastante, mas sofreu com a falta de aproximação das companheiras para jogar pelo lado esquerdo e Bia Zaneratto pouco participou do jogo, já que poucas vezes a bola chegou limpa ao ataque da seleção.


Imagino que a escolha de ter tanta variação e trocas no confronto contra o Canadá, se deu pelo fato de ser uma equipe que o Brasil enfrentou duas vezes no final do ano passado e que, portanto, já fez todos os seus testes. Porém, depois da derrota e da clara resposta negativa que as escolhas feitas para o segundo jogo deram em campo, nos resta torcer para que o confronto contra os EUA seja encarado como um jogo chave para testar a equipe principal, a sua disposição tática e as reais opções de troca que realmente se necessita.

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