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UMA ADVERSÁRIA DE VERDADE

Foto do escritor: ROZZEIRA ROZZEIRA

Os perigos de encarar a Colômbia, a dona da casa, que fará o jogo da vida na final da Copa América

Foto - Staff Images Woman

Somos a seleção favorita. Dito isso, temos que deixar bem claro que depois de diversos jogos em que o nível dos adversários exigiu pouca concentração, intensidade e até qualidade técnica, a final da Copa América contra a Colômbia exigirá da seleção uma atuação no mais alto nível, se quisermos conquistar o torneio continental pela décima vez.


O primeiro desafio será controlar o ímpeto da equipe da casa. O Brasil por diversas vezes entrou de maneira dispersa na partida e apenas depois de conseguir interpretar a estratégia do adversário, conseguiu entrar no jogo. Ter um ritmo mais lento no início pode ser perigoso, pois terão uma torcida empurrando desde o primeiro minuto de jogo. A tendência é de que as “Cafeteiras” partam para cima, subindo a marcação para forçar algum erro da nossa linha defensiva, ou marcando de maneira intensa muito intensa, aproveitando-se da disciplina tática do seu trio de meio campo.

Ações defensivas da linha de frente colombiana. Um time que "morde" o tempo todo - Opta/CONEMBOL

Outro ponto forte da seleção colombiana é a rapidez na troca de passes, qualidade histórica no estilo de jogo do país. Leicy Santos é a cabeça pensante do time e tem liberdade de percorrer todo o setor de meio campo para buscar triangulações e acelerar o jogo. A atacante Mayra Ramirez, por mais que não tenha muita técnica, sabe como poucas fazer o pivô e diversas vezes arrasta sua marcadora para fora da área, criando espaços vazios que são explorados principalmente por Catalina Usme ou Linda Caicedo.

Leicy Santos, a camisa dez onipresente - Opta/CONMEBOL

Aliás, a jovem atacante colombiana merece atenção especial. Primeiro pelo fato de ser um perigo para as suas marcadoras, graças a sua velocidade e técnica acima da média, que faz com ela se sinta à vontade para jogar em qualquer uma das pontas. Segundo porque ela tem um poder de definição e tomada de decisão dentro da área que as defensoras da seleção ainda não encararam nesta competição.


De oportunidade para a nossa seleção, fica a lentidão da linha defensiva e a sua dificuldade de sair jogando, principalmente Daniela Rojas pelo lado direito. O Brasil fez muito bem a marcação na saída de bola contra o Paraguai e se repetir a mesma forma sincronizada com que fechou os espaços, tem tudo para tirar proveito das falhas.


Em resumo, o Brasil precisará ser um time organizado, que consiga suportar a pressão dos primeiros minutos jogando na mesma intensidade do adversário e naturalmente domine a partida, graças a melhor qualidade técnica das suas jogadoras para vencer o jogo. Algo que não precisou fazer durante todo o torneio.

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