top of page
Foto do escritorROZZEIRA

O PESO DA ESTREIA

Seleção Brasileira encara o Panamá e também a responsabilidade de vencer o seu primeiro jogo na Copa do Mundo

Foto: Lucas Figueiredo | CBF

Todas as vezes em que são sorteados os grupos de uma Copa do Mundo, a primeira coisa que os analistas fazem, mesmo com muitos meses de antecedência, é dizerem quais são os grupos mais fortes, os adversários mais complicados e os mais fáceis. No grupo do Brasil, quando aconteceu o sorteio, a França era a favorita do grupo, com o Brasil ficando em segundo, a Jamaica como coadjuvante na terceira colocação e a seleção do Panamá, estreante da competição, seria o saco de pancadas do grupo e ficaria na lanterna.


De lá para cá, muita coisa mudou. A nossa seleção deu ótimos sinais de melhora, principalmente nos jogos contra Inglaterra e Alemanha. A França teve que trocar de técnico em meio uma crise e sofreu com uma série de contusões. A Jamaica teve problemas na relação entre jogadoras e dirigentes, forçando as “Reggae Girlz” a fazerem um Crowndfunding para financiar parte dos custos da preparação. Já a seleção do Panamá, nossa adversária na primeira rodada, parece ser a única a manter o status de quando conquistou a vaga para a Copa ao bater o Paraguai nos playoffs intercontinentais: chega como franco-atiradora e quer apenas fazer bons jogos que ajudem a dar continuidade ao crescimento a modalidade no país.


Para isso o treinador mexicano Ignacio “Nacho” Quintana deseja que a sua equipe aproveite o maior evento esportivo do ano e jogue com o mesmo sorriso no rosto que as levaram até o mundial. Sempre que perguntado sobre como vai jogar contra os adversários mais fortes do grupo, o comandante deixa claro que se preparou muito para encarar de igual para igual as favoritas Brasil e França. Para ele estes jogos motivam ainda mais as atletas da sua equipe a darem o máximo dentro de campo.


A TÁTICA


Dar o máximo dentro de campo é algo que com certeza veremos por parte da nossa adversária na primeira rodada. Mas, ao contrário do que Quintana diz, dificilmente veremos um Panamá tentando encarar a seleção brasileira de peito aberto e buscando igualdade. Todas as vezes que enfrentou seleções tecnicamente mais fortes, o time se fechou com uma linha de quatro na defesa, uma linha de cinco jogadoras no meio campo e usou e abusou da força física nas disputas de bola, para tentar puxar algum contra-ataque pelas pontas que acione a atacante Karla Riley, que joga no Cruz Azul do México e tem o apelido de "La Imperatriz".


A principal jogadora das “Canaleras”, como são conhecidas no país, joga com a camisa dez e tem o mesmo nome da nossa Rainha - Marta Cox. A meio-campista do Pachuca do México é um símbolo da modalidade para o país. Na seleção desde os 14 anos, quando jogou pela equipe sub-20, ela é bastante talentosa e com certeza dará trabalho para o lado esquerdo da nossa defesa, que vale lembrar, tem sido um dos pontos de preocupação da seleção brasileira nos meses pré-Copa.


A Marta delas. Marta Cox é uma lenda do futebol de mulheres do Panamá. Foto: Getty Images | FEPAFUT

Outra jogadora para ficar de olho é a jovem Deysiré Salazar, de apenas 18 anos. A meio-campista incansável compensa a falta de força física com muita movimentação. Além disso, distribui muito bem a bola para iniciar as jogadas e fazer a transição entre defesa e ataque. Tudo indica que será ela a responsável por impedir que jogadoras como Ary Borges e Kerolin cheguem mais perto da área e leve perigo à meta da goleira Yenith Bailey.


O VEREDITO


A seleção brasileira é muito favorita e se fizer um bom jogo, tem tudo para golear a sua primeira adversária. O saldo de gols será de extrema importância no grupo e caso o jogo se apresente tranquilo, a expectativa é que o nosso ataque aproveite a situação. Porém, o histórico diz que estreias em sua grande maioria, são sempre tensas e necessitam de atenção durante os 90 minutos para não termos nenhuma surpresa. Noruega, Austrália e cia que digam.

0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page