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LEVE E SORRINDO

Brasil não sente a pressão da estreia e mostra muitas qualidades na vitória sobre o Panamá por 4 x 0


Ary Borges, a estrela do jogo. Foto: Thais Magalhães | CBF

Talvez nem todos perceberam, mas os sorrisos (com algumas lágrimas de emoção) nos rostos de todas as jogadoras do Brasil na hora do hino à capela já davam sinais do que seriam os noventa minutos. A seleção mandou no jogo desde os primeiros minutos e a vitória veio de forma bem tranquila. Na maioria das vezes em jogos com tanta superioridade como o de hoje, fica até complicado analisar alguns aspectos do jogo, principalmente os táticos, mas a seleção mostrou diversos atributos para nos deixar empolgados com a sequência da competição.


A primeira talvez nem tenha tanta relação com a bola rolando. Mas a leveza com que o time encarou a partida de estreia merece ser ressaltada. A primeira rodada foi traiçoeira para diversas seleções e o Brasil demonstrou no passado um certo nervosismo nos primeiros minutos dos seus jogos. Porém o que se viu foi uma equipe muito tranquila e confiante em campo, o que fez com que o domínio fosse natural e sem esforços.


Outro ponto a se salientar ficou bem claro em todos os gols da nossa seleção. A forma como as jogadoras trocam de posição e ainda assim ocupam diversos pontos do campo foi uma das chaves da vitória. Bia Zaneratto jogando de costas e carimbando a bola para o Brasil circular a bola com mais facilidade foi muito importante para o controle do jogo, assim como as movimentações de Debinha, que saia para os lados arrastando a defesa e abrindo espaço para Adriana e principalmente Ary Borges - autora de três gols - ocupar o espaço vazio e chegar livre pelo lado direito do nosso ataque.


Mas o que realmente fez com que a seleção controlasse o jogo foi a rapidez ao pressionar a equipe adversária assim que alguma jogadora perdesse a bola. Com as linhas altas e bem compactadas, o Brasil jogou o tempo todo no campo de ataque e não precisou correr para recompor sua defesa, algo que foi muito bom não só para os 90 minutos do jogo, mas também para a sequência de jogos, principalmente se considerarmos que teremos a nossa seleção mais descansada do que a França, que jogou no limite do esforço físico contra a Jamaica.


Em resumo, o Brasil fez uma das melhores estreias da Copa. Não sofreu, não precisou jogar no nível mais alto de esforço físico e mostrou que deve sim ser considerada uma das forças do torneio. Nos resta agora voltar todas as atenções para o jogo mais importante da fase de grupos, o embate contra a França em Brisbane, no próximo sábado, as sete da manhã – horário de Brasília.

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